sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Dr. Chicão responde a perguntas da AIC sobre Comunicação e Cultura

Dr. Chicão (PR) - Foto: Divulgação
O candidato Dr. Chicão (PR) é o segundo candidato a responder as perguntas da Associação de Imprensa Campista (AIC) aos concorrentes à Prefeitura de Campos dos Goytacazes nestas eleições 2016. Ele se compromete a discutir com a sociedade temas como obras do Mercado Municipal, retorno da circulação do Monitor Campista e implementação de propostas do Conselho Municipal de Cultura. O candidato também se comprometeu a, se eleito, realizar o Festival Doces Palavras.

A AIC enviou as mesmas dez perguntas a todos os candidatos. As respostas são publicadas por ordem de chegada, no blog na entidade.

Confira a íntegra da entrevista com Dr. Chicão:

AIC - Qual a política pública para a área de comunicação social o senhor se compromete a desenvolver em Campos dos Goytacazes caso seja eleito?

Dr. Chicão – Pretendo estabelecer um governo com relacionamento estreito com as entidades da sociedade civil e com as comunidades, e para viabilizar isso, é imprescindível a estrutura adequada de comunicação social como ferramenta de interface com os veículos de comunicação, fundamentais para auxiliar neste processo, sem perder de vista as novas Tis (tecnologias da informação).  

AIC - Qual a sua visão sobre o relacionamento da Prefeitura com a imprensa tradicional, os blogs e as redes sociais da internet?

Dr. Chicão - A Prefeitura de Campos evoluiu bastante neste relacionamento. Atualmente a Superintendência de Comunicação Social já desempenha um trabalho interessante de comunicação sócia em diversas plataformas. O governo Rosinha-Doutor Chicão trabalha muito, e por isso é gerado um grande volume de informações sobre ações de governo, que devido à relevância, é absorvido diariamente, durante sete dias na semana pela imprensa local e regional nas diversas plataformas. Entendo que em função das novas tecnologias, precisamos avançar e vou começar com a ampliação do sinal de internet pelos bairros para funcionamento do Programa Cidade Digital.

AIC - O senhor conhece a estrutura da Secretaria de Comunicação no atual governo? Pretende alterá-la? De que modo?

Dr. Chicão - Claro que conheço. A atual superintendência de comunicação da Prefeitura tem uma estrutura boa, mas precisa ser adequada às novas ferramentas de comunicação. Vou modernizar ainda mais a estrutura para agilizar o contato direto com a imprensa e com os munícipes. Vamos criar páginas mais interativas e de prestação de serviço para a comunidade, com o intuito de aproximar a população do serviço público. As redes sociais e os blogs são ferramentas importantes para informar a sociedade. Vamos atender as demandas e ouvir as sugestões da população através destes canais, de forma simples e ágil, pelo celular por exemplo. Para isso, o Programa Cidade Digital terá uma série de aplicativos para que a população tenha acesso aos serviços públicos, como a marcação de consultas 24 horas, pelo celular; para saber pelo GPS do celular por onde está passando o ônibus que ele espera e em quantos minutos vai chegar no ponto, dentre ouros benefícios da comunicação.

AIC - É comum que governantes confundam publicidade sobre assuntos relevantes para a cidadania com propaganda do governante. O que o senhor fará para mudar este tipo de prática?

Dr. Chicão - O objetivo da comunicação social de um governo não é a autopromoção do governante, mas sim divulgar ações de relevância para a sociedade e nosso governo vai seguir esse caminho. Vale ressaltar que o simples fato de mencionar o nome do gestor protagonista da ação de governo, seja ele chefe do Executivo, ou outro gestor, não significa autopromoção, mas apenas citação natural dentro do contexto da informação. No meu governo, prevalecerá a ética e a coerência, com respeito às normas.

AIC - A Prefeitura de Campos é detentora do acervo e do título do “Monitor Campista”, patrimônio da cidade que suspendeu as suas atividades em 2009. O senhor avalia que o poder executivo pode estudar meios para reativar o jornal?

Dr. Chicão - A Prefeitura de Campos recebeu da Câmara Municipal o acervo do Monitor Campista que está sendo tratado com muito cuidado técnico no Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho. Vamos conversar com a sociedade para definirmos a destinação deste patrimônio da cidade que foi resgatado graças à sensibilidade que nosso governo teve com a nossa cultura e história, e depois de muito esforço, conseguimos obter do Grupo de Informação Diários Associados. Pretendo colocar essa situação em debate com as entidades da sociedade civil, com a ACL (Academia Campista de Letras), com a AIC (Associação de Imprensa Campista) e definirmos o uso mais adequado da marca. Entendo que o mais viável pelo ponto de vista histórico é voltar à reedição do Monitor Campista como Diário Oficial do Município e assim teremos o secular jornal de volta com edições diárias, como uma das ferramentas da comunicação social do nosso município.

AIC - Alguns estados e municípios implantaram ou estão em fase de implantação dos seus Conselhos Municipais de Comunicação. O senhor conhece as atribuições de um conselho desta natureza? É a favor de implantar um deles em Campos?

Dr. Chicão - Os conselhos são importantes para nortear a politica de determinada área e na comunicação não será diferente. Queremos que a sociedade esteja conosco e contribua com o nosso governo.

AIC - Apesar das muitas tecnologias disponíveis, ainda é pequena a participação cidadã na gestão do município de Campos por meio de canais interativos na internet. Quais são as suas propostas para resolver esta demanda?

Dr. Chicão - Vou criar o programa Cidade Digital no qual criaremos aplicativos, dentre eles, o “Na palma da mão” que vai disponibilizar o serviço de marcação de consulta online. As pessoas contarão com outros serviços, inclusive uma ouvidoria online, bastante interativa.

AIC - As conferências municipais de cultura tem produzido uma série de propostas para a área que não tiveram desdobramento prático pelo poder executivo. O senhor conhece estas propostas? O que fará para torná-las realidade?

Dr. Chicão - Conheço algumas e sei que parte delas não tiveram desdobramentos porque ou são inviáveis ou por não despertar o interesse dos próprios agentes culturais. As propostas das Conferências são colocadas em pauta no Conselho Municipal de Cultura e quando são pertinentes são absorvidas pela Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima. No meu governo eu mesmo vou ter uma agenda para ouvir a todos segmentos da sociedade, e neste caso, as propostas aprovadas pelo Conselho vão ser absorvidos e executados pela  Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, que passará a atuar com base nos encaminhamentos feitos pela sociedade, calcadas nas demandas culturais da população.

AIC - A AIC, como integrante do Coppam, se posicionou de modo contrário às obras que, na opinião da entidade, agridem o patrimônio histórico do Mercado Municipal. O senhor pretende rediscutir este projeto?

Dr. Chicão - As obras de restauração e reforma do antigo prédio do Mercado Municipal, bem como do prédio do Centro Comercial Michel Haddad, para abrigar os cerca de 500 antigos camelôs, que foram transformados em microempreendedores individuais, são dotadas de muitas peculiaridades. O prédio para abrigar esses trabalhadores que trabalham ali há mais de 30 anos, e estão no Pavilhão Provisório, no Parque Alberto Sampaio já está na fase final. Mas o projeto foi feito de forma a provocar o menor impacto visual no prédio histórico do mercado. Mas outras intervenções naquela área, como a própria reforma do prédio do Mercado vou debater com a sociedade e com especialistas para zelarmos pela preservação do patrimônio e o bem estar dos comerciantes e do público que frequenta o Mercado Municipal.

AIC - A AIC, a ACL e a Prefeitura de Campos realizaram, em 2015, a primeira edição do Festival Doces Palavras (FDP!), que reúne literatura e a cultura dos doces campistas. A proposta é a de que o evento se consolide no calendário municipal e seja realizado de dois em dois anos, alternados à Bienal do Livro. O senhor se compromete com a continuidade do Festival?

Dr. Chicão - Óbvio que já sou comprometido. Afinal apoiamos o Festival Doces Palavras desde sua primeira edição. A AIC e demais atores do evento sempre contaram com total apoio do nosso governo. Por conta da crise econômica, redimensionamos a Bienal do Livro de Campos este ano, mas não permitimos que houvesse perda na qualidade da programação. Vou manter o apoio aos eventos literários promovidos pelas academias e também nas comunidades por meio dos órgãos da municipalidade e por meio dos promotores do desenvolvimento da cultura. 

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