Rogério Matoso (Foto: Edu Prudêncio) |
A AIC enviou as mesmas dez perguntas a todos os candidatos. As respostas são publicadas por ordem de chegada, no blog na entidade.
Confira a íntegra da entrevista com Rogério Matoso.
AIC - Qual a política pública para a área de comunicação social o senhor se compromete a desenvolver em Campos dos Goytacazes caso seja eleito?
Rogério Matoso - Temos que ter transparência em nosso governo. Essa é nossa premissa, claro que além dos meios oficiais que a prefeitura já tem e é obrigada a abastecer, temos que fazer com que as ações desse governo cheguem a todos de forma eficiente e igualitária, para isso a Comunicação Social tem que trabalhar de forma intensa.
AIC - Qual a sua visão sobre o relacionamento da Prefeitura com a imprensa tradicional, os blogs e as redes sociais da internet?
Rogério Matoso - Como disse anteriormente, as pessoas tem que ter acesso as ações promovidas pela prefeitura, não podemos privilegiar veículos de comunicação. Claro que estaremos abertos a críticas e sugestões vindas dos veículos e da população. Vamos respeitar a liberdade de imprensa e caminhar junto com todos.
AIC - O senhor conhece a estrutura da Secretaria de Comunicação no atual governo? Pretende alterá-la? De que modo?
Rogério Matoso - Alguns setores da prefeitura são caixas pretas. A Secretaria de Comunicação Social é uma dessas, vamos ter que avaliar como ela funciona e fazer as alterações necessárias para que funcione de forma efetiva.
AIC - É comum que governantes confundam publicidade sobre assuntos relevantes para a cidadania com propaganda do governante. O que o senhor fará para mudar este tipo de prática?
Rogério Matoso - Vamos priorizar a notícia, a informação. Não basta fazer propaganda, temos que oferecer a comunidade informações suficientes para que elas saibam como estamos trabalhando.
AIC - A Prefeitura de Campos é detentora do acervo e do título do “Monitor Campista”, patrimônio da cidade que suspendeu as suas atividades em 2009. O senhor avalia que o poder executivo pode estudar meios para reativar o jornal?
Rogério Matoso - O Monitor Campista faz parte da história de Campos e as pessoas que trabalharam nesse jornal não trabalhavam apenas pelo salário, mas por amor. Existe uma ligação afetiva que envolve o Monitor Campista. Além da importância histórica, tem a credibilidade que sempre foi inabalável no jornal. Podemos sim, reunir os jornalistas que queiram reativar esse veículo e buscar alternativas para trazê-lo de volta a sociedade campista.
AIC - Alguns estados e municípios implantaram ou estão em fase de implantação dos seus Conselhos Municipais de Comunicação. O senhor conhece as atribuições de um conselho desta natureza? É a favor de implantar um deles em Campos?
Rogério Matoso - Sim conheço. Dentre as atribuições estão a estimulação e fortalecimento da rede pública de comunicação e o incentivo as plataformas digitais, para que a comunicação seja democratizada. Sou a favor de todas as ações que levem esclarecimento e conhecimento a população, porque uma nação se faz com homens pensantes. Não tenho a pretensão e não sou dono da verdade, quero uma cidade melhor, não só para os meus, mas para todos. Dessa forma vamos garantir o futuro dos nossos filhos, netos, e outros descendentes. O Conselho de Comunicação é fundamental nesse processo. Assim que eleito, me comprometo a abrirmos um diálogo com a AIC sobre a questão.
AIC - Apesar das muitas tecnologias disponíveis, ainda é pequena a participação cidadã na gestão do município de Campos por meio de canais interativos na internet. Quais são as suas propostas para resolver esta demanda?
Rogério Matoso - Vamos trabalhar de forma transparente, como disse, e para isso vamos usar sim os veículos digitais e canais de comunicação da internet. O prefeito não consegue estar em todos os lugares ao mesmo tempo e falando com todos no momento em que o problema está acontecendo, por isso em cada setor terá uma equipe responsável para checar as demandas e tomar as devidas providências.
AIC - As conferências municipais de cultura tem produzido uma série de propostas para a área que não tiveram desdobramento prático pelo poder executivo. O senhor conhece estas propostas? O que fará para torna-las realidade?
Rogério Matoso - Como em todas as pastas da prefeitura, na área da cultura não será diferente, vamos fazer uma auditoria primeiro para saber para onde foi os mais de 100 milhões de reais destinados a essa área. Gostaria que os artistas, escritores e demais classes ligadas ao setor formassem uma comissão para avaliar e tornar os projetos viáveis.
AIC - A AIC, como integrante do Coppam, se posicionou de modo contrário às obras que, na opinião da entidade, agridem o patrimônio histórico do Mercado Municipal. O senhor pretende rediscutir este projeto?
Rogério Matoso - Claro. Sempre acompanhei as questões levantadas sobre a obra, inclusive as que foram levantadas pelo Observatório Social de Campos e pela AIC. A obra na verdade deve ser de Restauração, pela importância histórica e arquitetônica do local. A presença de obras que não fazem parte do espaço atrapalham a visão do conjunto que o mercado tem. Desde criança, sempre fui apaixonado pela torre do Relógio e hoje ela quase não é vista. Vamos rediscutir sem dúvidas essa obra.
AIC - A AIC, a ACL e a Prefeitura de Campos realizaram, em 2015, a primeira edição do Festival Doces Palavras (FDP!), que reúne literatura e a cultura dos doces campistas. A proposta é a de que o evento se consolide no calendário municipal e seja realizado de dois em dois anos, alternados à Bienal do Livro. O senhor se compromete com a continuidade do Festival?
Rogério Matoso - A ideia é brilhante. Temos que fazer desse projeto um grande evento. Podemos incluir no calendário e com ele atrairmos turismo para o município. Temos grande escritores e doces maravilhosos que precisam ser divulgados para o país todo e para o mundo.
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