A comunicação social desempenha um papel decisivo no mundo
contemporâneo, ao proporcionar um amplo leque de informações, através das mais
variadas ferramentas. Provoca influência marcante nas atitudes e comportamentos
da comunidade. Os meios de comunicação podem, desta forma, ter um papel ativo em
casos de suicídio.
Quem atua com seriedade no jornalismo, deve saber e
respeitar a existência de uma convenção profissional extraoficial, uma espécie
de acordo seguido pelos manuais de redação de grandes jornais que determina que
casos de suicídios não serão noticiados pela imprensa. Tanto pelo respeito à
dor e à privacidade da família, quanto pela ética jornalística – uma questão
moral de incentivo a novos casos.
Há vários estudos que relacionam a divulgação destes casos
como estopim de incentivo à prática. Este fenômeno originou o termo “Efeito
Werther”, usado na literatura técnica, para designar a imitação de suicídios.
A Organização Mundial da Saúde lançou no ano de 2000, o
trabalho “Prevenção ao Suicídio: um manual para profissionais da mídia que
destaca quais informações funcionam como gatilho e que devem ser evitadas a
qualquer custo.
• Não publicar fotografias do falecido ou cartas suicidas.
• Não informar detalhes específicos do método utilizado.
• Não fornecer explicações simplistas.
• Não glorificar o suicídio ou fazer sensacionalismo sobre o
caso.
• Não usar estereótipos religiosos ou culturais.
• Não atribuir culpas.
Por isso, a Associação de Imprensa Campista compactua pela
não divulgação e repudia qualquer publicação, indistintamente da mídia
utilizada, de casos envolvendo suicídios.
Wellington Cordeiro
Presidente da AIC
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